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Entrevista com o Radialista Gláucio Resende

Entrevista realizada na tarde de segunda-feira 18, no CT Petrônio Portela, em Parnaíba, por Renneé Fontenele.
40 anos de comunicação esportiva - Gláucio Resende. (Renneé Fontenele/HD)
Hora do Drible – Quem é Gláucio Resende? Onde e quando nasceu?

Gláucio Resende – Nasci em Piracuruca, no dia 15 de março de 1960 e fiquei até, mais ou menos, dois, três anos, até vir para Parnaíba, em função dos meus pais...

HD – Quantos anos de Rádio?

GR – Eu iniciei minha carreira em 1973, no dia 15 de janeiro de 1973, com o saudoso jornalista Bernardo Batista Leão, que é pai do hoje Superintendente de Esporte Arlindo Leão. Eu aprendi muita coisa com o jornalista Batista Leão... ao lado do saudoso José Raimundo Reis, do Cleber Lima (que hoje presta serviços à TV Delta), Bartolomeu Martins, da Caixa Econômica Federal, a Rosineide Alves, e outras pessoas que ainda labutam no rádio diariamente.

HD – Quais emissoras você trabalhou, durante todos esses anos?

GR – Trabalhei na Rádio Educadora, que foi o meu primeiro emprego, depois trabalhei em várias Rádios Comunitárias aqui em Parnaíba, na TOP FM (atualmente), trabalhei na Rádio Atlântica, na Rádio Sintonia... Enfim, passei por várias Rádios aqui em Parnaíba e graças a Deus eu sou muito identificado na área esportiva da cidade, mas o meu trabalho também, eu já me identifiquei, na área de jornalismo... Já fiz vários eventos jornalísticos... O que mais me marcou como repórter esportivo, foi ter transmitido a Copa América de 1989, nas cidades de Salvador, Recife e Rio... Inclusive, quando eu trabalhei na Rádio Igaraçu, a Rádio Igaraçu foi a primeira rádio do Piauí a transmitir a Copa América, e eu transmiti com muito prazer, o lado do radialista João Carlos Guimarães... e foi uma experiência muito grande que eu vivi, em ter transmitido em 1989 a Copa América para todo estado do Piauí.

HD – Como despertou a vontade de ser radialista?

GR – Antes de ‘entrar’ em Rádio eu já, em casa, ouvia as rádios do Sul do país: Globo, Tupi, Sociedade da Bahia, Rádio Clube de Pernambuco, Rádio Clube do Pará...Inclusive, a minha mãe desligava o rádio, duas e meia ou três horas da manhã, porque eu estava dormindo... Quando eu estudava no São Luis Gonzaga, eu fui apelidado de Rui Porto, devido a minha assiduidade com as informações do dia-a-dia, informações esportivas... Eu ouvia muitas rádios do Sul do país, e comecei a gostar do Rádio, quando surgiu a oportunidade na Rádio Educadora...

Radialista em seu aniversário dia 15, na cobertura do Hotel Delta, em Parnaíba. (Renneé Fontenele/Hora do Drible)
HD – Qual o significado do Rádio em sua vida?

GR – É você trabalhar com amor, gratidão, porque o Rádio, hoje, é um ensinamento de vida que você tem; nunca você aprende totalmente a fazer Rádio. Aos poucos você vai ouvindo, lendo, você vai se informando, e o Rádio hoje é a paixão da minha vida. São duas paixões que eu tenho hoje: minha família e o Rádio.

HD – Você teve algum referencial no qual se espelhou, num profissional padrão considerado por você?

GR – Tive vários, dentre os quais eu poderia destacar Reginaldo Mendes, Gilvan Barbosa, Bernardo Silva, Lopes Martins, Jaime Lins, Francisco Azevedo e, como um todo, Dídimo de Castro e Carlos Said... Hoje, graças a Deus, tenho uma perfeita sintonia com o Rádio e, principalmente, com o que eu mais gosto de fazer, que é Esportes.  

HD – Por que repórter esportivo?

GR – Como eu te falei anteriormente, eu gostava muito de ouvir as rádios do Sul... Num belo dia, eu fui selecionado na Rádio Educadora, para ficar com outros colegas profissionais... O meu primeiro trabalho como Repórter Esportivo foi com o saudoso Silvio Gomes. Aqui no estádio Petrônio Portela tinha uma cabine de Rádio e o Silvio me deu o microfone e o retorno, no gramado do Petrônio Portela. A partir daí, foi uma aprendizagem, aprendi muita coisa; foram várias coberturas que nós realizamos, não só no estado do Piauí, mas acompanhei a Seleção Brasileira em São Luís, em Recife, Salvador, Rio, enfim, Rádio é um aprendizado, você nunca aprende tudo no Rádio... Todo dia você tem que aprender mais alguma coisa para repassar ao ouvinte.

HD – Além da Copa América mencionada por você, houve outro momento especial em sua carreira?

GR – O Botafogo, do Rio, veio aqui no Petrônio Portela, e goleou o Parnahyba por 5 a 0: dois gols do Fischer, dois gols do Ferreti e um gol do Zequinha. (Não foi 6 a 2 o placar? – perguntei-lhe). Não, não... Foi 5 a 0, na época o presidente do Parnahyba era o saudoso Pedro Alelaf. O estádio Petrônio Portela estava lotado, na época. Outro momento que me marcou muito foi ter entrevistado o Rei Pelé... O Pelé veio aqui há uns 25 a 30 anos. Ele veio participar do Filme Guru das Sete Cidades... Hospedado na casa do Dr. Alberto Silva na Pedra do Sal, gravei com o maior Rei do futebol, o nosso Pelé...

HD – Dia 15 último, na cobertura do Hotel Delta, em sua festa de 40 anos de carreira e 53 de vida, você mostrou-se bastante emocionado.

Visivelmente emocionado, radialista falou aos amigos presentes, dia 15 deste mês. (Renneé Fontenele/Hora do Drible)
GR – É verdade, porque são quarenta anos de muita luta, de muito trabalho, de muita batalha, e graças a Deus conquistei o meu espaço nesta cidade. Sempre digo aos meus colegas que nunca quis e nem quero ser melhor do que ninguém. Eu acho que o Rádio é um aprendizado, que há espaço pra todo mundo. Realmente, eu fiquei muito emocionado com a homenagem que nos foi prestada, e com certeza foram quarenta anos de muita luta e muito trabalho... Vamos continuar trabalhando na área esportiva da cidade.

HD – Tudo que inicia um dia acaba. Quando pretende parar?

GR – Eu tentei parar, mas não consegui. Três, quatro meses atrás, tomei uma decisão, porque estava com problema de saúde. Enviei uma carta aos blogues, dizendo que iria parar... Uma semana depois, retornei novamente, porque se eu parasse, como eu anunciei, eu não iria ter condição de ficar em casa, com 53 anos de idade. Hoje eu me identifico mais ainda, sou muito conhecido na cidade e peço desculpas ao torcedor, através de seu blog que é muito acessado, pela carta enviada... Vou continuar batalhando até quando Deus quiser.

HD – O que diria ao jovem que está iniciando a carreira?

GR – Muita tranquilidade. Além da tranquilidade, que ele tenha muita perseverança, tenha muita fé. Tem que ler muito, ouvir muito, colher informações, ir às fontes seguras, não dando informação sem antes apurar a informação.

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