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Crônica – Pelo trabalho realizado, Batista Catanduvas não merecia a desclassificação

(Na peleja para entender o que se mostrava sem entendimento, um torcedor, ao final do jogo contra o River, parecia entender Batista Catanduvas – Perguntavam-se, ambos!)
Por Renneé Fontenele
ASCOM/PSC

Ao lado de Zé Paulo, Batista já mostrava preocupação bem
no início da temporada, com as primeiras derrotas. (Renneé
Fontenele/ASCOM)
Parnaíba (PI) – É muito provável que alguns torcedores, ou quem quer que seja, discordem do que será dito, aqui. Mas, sem inclinação, e desprovido de qualquer coisa que implique nas palavras a seguir, os torcedores conscientes haverão de concordar com o dado texto.

Quando Batista Catanduvas, presidente do Parnahyba falou, logo após a eliminação do clube azulino no Verdinho, dissera que pedia desculpas ao torcedor pelo insucesso do Tubarão no certame. Pelo aspecto da ligação e de todo o apoio do torcedor azulino, as desculpas são válidas e oportunas.

Agora, quem esteve com o presidente durante o certame, verificando todo o seu esforço em conduzir o grupo e sua estrutura de maneira competente, poderá, talvez, discordar. Além do mais, Batista também é torcedor do clube.

Respeitando toda a massa azulina e o seu apoio fundamental, não só nesta temporada, mas sempre, se há uma pessoa que deveria ‘receber’ desculpas pelo resultado negativo do grupo, seria o presidente azulino.

Ora, receber o clube sem crédito, devendo mais de trezentos mil reais na época, com mil e um problemas pendentes, não é fácil. Tornou-se a labuta ainda mais pesada, quando Batista honrou o que havia prometido, no início da temporada: não deixar nenhum profissional sem receber seus vencimentos, não atrasando uma folha mensal de mais de oitenta mil reais.

Dias antes da eliminação, Supervisor Julio Cesar (à direita)
parecia prenunciar resultado negativo. (Renneé/ASCOM)
Hoje (estejamos atentos: hoje), não há nenhuma pessoa que trabalhe no Parnahyba sem receber seu salário, sem falar do comprometimento para com o elenco e comissão técnica, com alimentação, acompanhamento médico, apartamentos e proventos em dias.

Tudo isso deve ser levado em conta, porque não há clube sem estrutura, seja pequena ou grande. Se houve falha da Diretoria, que seja reparada para a próxima temporada. Se não, então não há o que se desculpar.

O trabalho da diretoria parecia, por vezes, cair sem fundamento, dado os resultados negativos em campo. Batista, ao final do último jogo pelo estadual, perguntava-se: onde está a esperança, o amor, o fruto do trabalho feito? Olhava-o, um torcedor ao seu lado, murmurando, ainda sem palavras: ‘Desenganemo-nos, Batista, da esperança, porque trai, do amor, porque cansa’... O torcedor citou Fernando Pessoa, naquele momento de desespero.

O que houve, em verdade, fora muito trabalho durante as competições disputadas, dias sem descansos, muita promessa sem realização, elevadas cobranças e pouco apoio. Todo o empenho de Batista Catanduvas, do Supervisor  Julio Cesar, do Gerente de Futebol Zé Paulo, da Comissão Técnica, enfim, não foi refletido em campo. O motivo? Ah, isso será destacado noutra oportunidade. 

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