Renneé Fontenele | Parnaíba | 12/09/2015
Albertão na final do piauiense de 2015 | Emanuele Madeira |
Muita gente fala sobre o futebol
do Piauí sem uma noção necessária para tanto. Via de regra, fala-se da condição
de alguns ‘clubes’, como se algum tivesse estrutura adequada em relação aos
clubes considerados estruturados ou, diga-se, em relação aos clubes desprovidos
de estrutura do Piauí.
O ano é 2015 e, até hoje, não há
nenhum clube do futebol piauiense que tenha um perfil de um clube realmente
profissional. Alguns elementos, apenas, podem ser apreciados como tais. A
título de exemplo, o River Atlético Clube, no que concerne à estrutura física,
enquadra-se nesse perfil, em virtude de seu Centro de Treinamento, com campos,
quadra, piscina, enfim, com uma boa estrutura em se tratando de Piauí.
Gramado do Piscinão em Parnaíba | Josiel Martins |
Já no que tange ao trabalho
dinâmico com o futebol profissional durante o ano inteiro, o aspecto foge à
realidade dos lídimos clubes profissionais que disputam, no mínimo, três
competições consideradas importantes, trabalhando de maneira dinâmica.
Um
exemplo bem próximo é o do futebol cearense, que muito cresceu, e mantém vários
clubes disputando, anualmente, o Campeonato Brasileiro em suas várias divisões,
levando multidões aos estádios, com clássicos do certame estadual apreciados
por muitos torcedores, levando à final do certame estadual mais de cinquenta
mil (50.000) torcedores.
Torcida do Fortaleza na final do Cearense de 2015. Castelão com mais de 50 mil torcedores | Thaís Jorge. |
Observa-se, então, o maior clube
do futebol piauiense, o River, disputando a última série do Brasileiro e
levando aos estádios não mais de 1.500 pessoas por partida... Estádios acanhados
com a mínima condição de jogo, sem mencionar a baixa qualidade dos gramados,
servindo de chacota aos ‘visitantes’; Clássicos contemplados por fiéis
torcedores que não chegam aos números dos menores do Nordeste; A força da
Federação de Futebol do Piauí é mínima; o apoio das empresas patrocinadoras,
além de poucas empresas, é muito pequeno; Vagas minoritárias em competições
nacionais, enfim, pouco respaldo, ou quase nenhum, na mídia nacional.
A bem da verdade, o que há pouco ainda é
dividido. Um campeonato estadual com 6 clubes; uma Copa Piauí com 4 clubes e um
estadual da Segunda Divisão com 6 clubes.
Ora, o que dizer acerca de uma final
de estadual com quatro mil e quatrocentos e setenta e 1 torcedores (4.471) ...?
O que pensar de um jogo pela Copa Piauí com 70 pagantes e o que esperar de uma
competição de Segunda Divisão de um futebol que apresenta tais características?
Até quando?
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